Formada em Ciências Sociais pela tradicional Universidade de Wellesley, LISA KLEYPAS foi Miss Massachusetts antes ...
“Personagens incríveis, cheios de nuances, espirituosos e com uma química incontrolável.” – Booklist
Mesmo sendo uma família nada tradicional, quase todos os irmãos Hathaways se casaram, até mesmo Leo, que era o mais avesso a essa ideia. Mas para a caçula Beatrix, parece não haver mais esperança.
Dona de um espírito livre, apaixonada por animais e pela natureza, Beatrix se sente muito mais à vontade ao ar livre do que em salões de baile. E, embora já tenha frequentado as temporadas londrinas e até feito algum sucesso entre os rapazes, nunca foi seriamente cortejada, tampouco se encantou por nenhum deles.
Mas tudo isso pode mudar quando ela se oferece para ajudar uma amiga.
A superficial Prudence recebe uma carta de seu pretendente, o capitão Christopher Phelan, que está na frente de batalha. Mas parece que a guerra teve um forte efeito sobre ele, e seu espírito, antes muito vivaz, se tornou bastante denso e sombrio.
Prudence não tem a menor intenção de responder, mas Beatrix acha que ele merece uma palavra de apoio – mesmo depois de tê-la chamado de estranha e dito que a jovem é mais adequada aos estábulos do que aos salões. Então começa a escrever para ele e assina com o nome da amiga. Beatrix só não imaginava o poder que as palavras trocadas teriam sobre eles.
De volta como um aclamado herói de guerra, Phelan está determinado a se casar com a mulher que ama. Mas antes disso vai ter que descobrir quem ela é.
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– Vamos começar da seguinte forma: voceÌ‚ ajudou Prudence a escrever aquelas cartas?
Beatrix arregalou os olhos ao encarar o rosto sombrio. Um forte rubor coloriu seu rosto.
– Não – ela conseguiu dizer –, eu não a ajudei.
Era verdade. SoÌ não era toda a verdade.
– VoceÌ‚ sabe de alguma coisa – Christopher insistiu. – E vai me contar o que eÌ.
– Me solte – falou Beatrix com uma calma excepcional. – VoceÌ‚ não estaÌ fazendo bem a nenhum de noÌs com esse comportamento.
Ele levou a mão livre ao pescoço dela e a acariciou, movendo o polegar sutilmente ateÌ a base do pescoço.
Ela semicerrou os olhos.
– Pare – disse em voz deÌbil.
– Não ateÌ que eu saiba a verdade.
Nunca. Se ela contasse a ele, Christopher a odiaria por tê-lo enganado e abandonado. Alguns erros não podiam ser perdoados.
Sentindo-se afogar em culpa, medo e desejo, Beatrix tentou afastar a mão dele. Seus dedos seguraram os cabelos dela com mais força, de forma quase dolorosa. A boca de Christopher estava perto da dela.
– Vou fazer voceÌ‚ me contar – sussurrou ele. Então ele a beijou.
Por algum motivo, Beatrix pensou, atordoada, Christopher parecia achar que ela não iria querer ser beijada por ele e que, para evitar o beijo, confessaria.