Maia é uma jovem publicitária bem-sucedida. Tem um emprego estável, um namoro estável, uma vidinha estável. Até demais.

Certo dia, tentando imaginar como seria sua vida no futuro, o casamento, os filhos, visualiza duas crianças loirinhas correndo... Loirinhas?

Então ela se dá conta de onde vem aquela cor de cabelos: Diogo, o menino por quem se apaixonou à primeira vista aos 12 anos, numa cidadezinha do interior, onde costumava passar os fins de semana com a família.

Acontece que ele se mudou para os Estados Unidos há mais de dez anos e, a essa altura da vida, já nem deve se lembrar mais dela.

Mesmo assim, num impulso, Maia pede férias na agência, inventa uma viagem de trabalho como desculpa para o namorado e vai para Nova York, atrás do seu primeiro amor.

Primavera eterna é a história de uma jovem cheia de sonhos esquecidos, que ousa arriscar tudo o que tem e acaba encontrando a si mesma.

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Cheguei a Nova York decidida: tinha feito a maior estupidez de todos os tempos, mas não a levaria adiante. Não, eu não ia ligar para um homem por quem havia me apaixonado à primeira vista aos 12 anos. Em vez disso, iria aproveitar as férias da agência e o meu tempo na cidade para conhecer os museus, assistir às peças da Broadway e me divertir, como qualquer pessoa normal faria.

Tinha queimado o filme na agência, pedindo férias assim, de uma hora para outra. Tinha queimado o filme com Pedro, com a história mal contada de uma viagem de trabalho. Agora ia queimar o filme com um cara que devia ter somente uma ou duas boas lembranças minhas, bem amareladas? Nem pensar. Eu ainda tinha um pingo de orgulho e queria mantê-lo a qualquer custo.