JULIA QUINN começou a trabalhar em seu primeiro romance um mês depois de terminar a ...
Os livros de Julia Quinn já atingiram a marca de 10 milhões de exemplares vendidos.
“Situações hilariantes, personagens magníficos e diálogos de morrer de rir. Uma história linda que é pura diversão!” – Library Journal
“Julia Quinn é famosa por sua escrita cativante e perspicaz. Suas tramas realistas mexem com nossos corações. Uma autora de referência, que serve de porta de entrada para os romances de época.” – NPR Books
Um brilhante matemático pode controlar tudo…
A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.
Lady Sarah nunca foi descrita como uma pessoa contida…
Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é “dramática” – seguida de perto por “teimosa”. Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo.
Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.
***
–Hugh não estava preparado para o olhar de Sarah. Ela ergueu a cabeça na direção da dele, os lábios afastando-se como se ela tomasse fôlego, e naquele momento Hugh teria jurado que o sol nascia e se punha no sorriso dela.
Ele se inclinou, fi cando perto o bastante para um sussurro:
– Se, como diz, não sou aleijado, então posso dançar.
Ela estendeu o braço e pôs a mão na dele. Quando ambos estavam aprumados, Hugh ouviu acordes musicais fl utuando na brisa da noite. Uma quadrilha.
– Acho que estou ouvindo uma valsa – disse.
Sarah o encarou, prestes a corrigi-lo. Hugh pôs um dedo nos lábios dela.
– É para ser uma valsa – disse.
E viu o instante em que ela compreendeu.
– Se eu apoiar minha mão aqui – disse Hugh, segurando o punho da bengala – e a senhorita puser a sua sobre a minha...
Sarah seguiu o movimento de Hugh e ele pôs a outra mão na base das costas dela. Sem tirar os olhos dos de Hugh, Sarah pousou a mão livre no ombro dele.
– Assim? – sussurrou.
Ele assentiu.
– Assim.
Hugh cantarolou o ritmo e conduziu Sarah com uma leve pressão nas costas, movendo a bengala sempre que era hora de se virarem. Ele não dançava fazia quase quatro anos. E essa noite... estava sendo mágica. Jamais poderia lhe agradecer o sufi ciente por isso, por restaurar um pedaço de sua alma. Foi a valsa mais estranha e desajeitada que se poderia imaginar, mas também foi o momento mais perfeito da vida dele.